Oncologista do Hospital Cliom explica como funciona a crioterapia, técnica para evitar queda capilar
Um dos principais fatores relacionados à quimioterapia é a queda dos fios. Apesar de não ocorrer em todos os casos, muitas dúvidas acerca do assunto podem surgir. A queda acontece devido ao objetivo da quimioterapia, que tem como alvo todas as células de divisão rápida no organismo. A divisão celular acontece de forma muito rápida nos fios capilares, causando a queda do cabelo. Para evitar as quedas, o paciente oncológico pode contar com a touca de resfriamento, técnica que resfria o couro cabeludo e reduz a queda dos fios.
De acordo com o Oncologista do Hospital Cliom, André Guimarães, a touca atua diminuindo a circulação sanguínea no couro cabeludo. “A touca é colocada no paciente 30 minutos antes da sessão de quimioterapia. O paciente permanece com ela durante toda a sessão e ainda por mais 90 minutos. Para garantir a efetividade, a touca deve ser utilizada em todas as sessões do tratamento quimioterápico. A touca é feita de um material leve e é protegida por uma capa de neoprene, ou seja, ela possibilita que o paciente execute atividades como ler e ir ao banheiro”, explica.
O médico explica que a touca funciona acoplada a uma serpentina que sai de uma caixa de resfriamento. O líquido de refrigeração circula na serpentina a uma temperatura de 4ºC para que o couro cabeludo se mantenha em torno de 11ºC. A baixa temperatura promove uma vasoconstrição na região, dificultando que a droga utilizada durante a quimioterapia penetre e danifique o folículo capilar.
“Vale ressaltar que é necessário tomar certos cuidados, já que os cabelos ficam mais ralos, frágeis e não podem ser lavados com tanta frequência. Além disso, o sucesso do tratamento depende de fatores como tipo e estágio do câncer, tipo de tratamento, idade do paciente, tipo de cabelo e estado de saúde em geral. É necessário que o seu médico avalie se a touca é adequada para o paciente”, salienta o Oncologista.
