Entenda a relação entre o paciente oncológico e o corte de carboidratos

Com a grande quantidade de informações que as pessoas recebem diariamente através da Internet, muitos assuntos acabam sendo repercutidos de forma errada ou mentirosa. Buscando por informações médicas, alguns pacientes se deparam com essas notícias e acabam mudando a rotina ou tomando algum medicamento prejudicial à saúde. 

No tratamento oncológico, uma das informações divulgadas é acerca da ingestão de carboidratos durante o processo. Glauce Cavalcante, Nutricionista Oncológica do Hospital Cliom, explica que alguns pacientes acabam cortando o componente da alimentação durante o tratamento. 

“A célula cancerígena utiliza glicose como principal substrato para seu crescimento e proliferação. Todo carboidrato que consumimos, seja frutas, cereais, tubérculos ou açúcar contido nos produtos industrializados viram glicose”, introduz. 

No entanto, a profissional pontua que a solução não é retirar o carboidrato da alimentação, pois a glicose também pode ser obtida a partir de proteínas e gorduras. 

“Essas proteínas são tiradas dos músculos, que são nossa fonte de reserva, resultando em emagrecimento, perda de massa muscular, fraqueza e consequentemente pode prejudicar o tratamento”, afirma a Nutricionista, que ressalta que os medicamentos quimioterápicos em sua maioria são metabolizados em tecidos com maior quantidade de água, que é o caso dos músculos. “Então quanto maior a massa magra, melhor será a absorção do medicamento”, coloca. 

A Nutricionista indica que a melhor forma de consumir esse macronutriente é priorizar os carboidratos complexos como arroz e pães integrais, aveia, mandioca, batata-doce, e diminuir os simples, como biscoitos, refrigerantes e balas. “A alimentação deve ser saudável e sem restrição de grupos alimentares”, afirma.

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