Aos 62 anos, paciente vira corredor após tratamento de dois cânceres
- Ana Clara Mendes | Ascom
- 31 de jan. de 2020
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Na falta de transporte na Zona Rural, a necessidade de se locomover durante a infância até os 13 anos levou José Dantas a pegar o costume e gosto pelas caminhadas e corridas. Nascido em um sítio localizado em Estrela de Alagoas, a 27 km do centro da cidade, ele iniciou pequenas corridas em exercícios de educação física, ainda no tempo da escola. Um pouco depois, o incentivo pela corrida voltou quando ele serviu ao Exército Brasileiro, em 1976.
No entanto, foi apenas após o câncer que José iniciou suas participações em corridas. Nessa rotina, o corredor de 62 anos chegou a participar até da Corrida Internacional de São Silvestre por dois anos seguidos, em 2018 e 2019.
“Fui diagnosticado com linfoma não Hodgkin em 2010. Passei por oito sessões de quimioterapia durante aproximadamente seis meses. Mas há menos de três anos, surgiu outro tipo de linfoma. Meu tratamento foi realizado com quimioterapia e radioterapia”, conta.
O linfoma não Hodgkin (LNH) é um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático e que se espalha de maneira não ordenada. Existem mais de 20 tipos diferentes de linfoma não-Hodgkin.
“Eu me sinto maravilhado. Acredito que a atividade física mantém o corpo mais resistente e leve. Melhora a capacidade de superação, quando submetido à situação de esforço e também em casos de desconforto, causados por viroses. Além disso, também acho que ameniza as reações de quimioterapia e radioterapia”, disse.

Para André Guimarães, médico oncologista do Hospital Cliom que acompanhou o tratamento, a prática de atividades físicas ainda são a melhor forma de prevenir e curar um câncer após o tratamento. “Durante o tratamento, não é recomendado que o paciente pratique atividades físicas dessa forma, como corrida. No entanto, após o tratamento, o paciente foi liberado para praticar as atividades que, com certeza, só o ajudam em relação à saúde e bem estar”, explica.