Imunoterapia para o câncer de mama é aprovada no Brasil
- Ana Clara Mendes | Ascom
- 20 de mai. de 2019
- 1 min de leitura

A primeira imunoterapia para o câncer de mama chegou ao Brasil. O novo tratamento, atezolizumabe, do laboratório Roche, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta semana. A medicação é destinada ao tratamento do câncer de mama triplo-negativo, o mais agressivo da categoria. Agora, o medicamento irá passar pelo processo de precificação, feito pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
A junção da imunoterapia atezolizumabe com a quimioterapia nab-paclitaxel foi baseada nos resultados do estudo ‘Impassion130’, que demonstrou redução de 38% no risco de progressão e ganho de 10 meses de sobrevida em pacientes com expressão do biomarcador PDL-1. O estudo envolveu 902 pacientes tratadas em 246 centros médicos de 41 países, incluindo o Brasil.
De acordo com o Oncologista do Hospital Cliom, Dr. André Guimarães, a novidade representa um ganho ao arsenal de tratamentos.
"Antes só tinhamos a quimioterapia para oferecer aos pacientes com câncer de mama triplo-negativo em fase metastática. A imunoterapia, atezolizumabe, mesmo que junto à quimioterapia, já é um avanço. A sobrevida teve um ganho significativo e é mais uma opção para os pacientes", afirmou. O especialista acrescentou que no momento, há uma paciente do Cliom que é candidata ao novo tratamento.
Ao contrário dos demais tratamentos oncológicos, a imunoterapia não ataca a doença. Ela estimula as células de defesa do paciente a reconhecerem e atacarem as células cancerígenas no corpo. Desde seu surgimento, pacientes com diversos tipos de câncer foram beneficiados.