Qual a diferença entre a síndrome do pânico e a depressão e como tratar? Especialista responde
- Hospital Cliom
- 20 de jul. de 2018
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De um lado a tristeza, muitas vezes rodeada de pensamentos obscuros e do outro o medo e o terror, até excessivo. A síndrome do pânico e a depressão são doenças populares hoje em dia e que pode causar consequências graves. Mas qual seria a diferença entre elas?
De acordo com a psicóloga do Cliom, Luciana Martins, a depressão é um distúrbio afetivo que atinge a humanidade desde seus primórdios e nos dias atuais está cada vez mais latente aparecimento de um número maior de casos. “A população passa por momentos de grandes estresses emocionais, ocasionado pela vida moderna e esses agentes estressores provocam sensações e sentimentos que afetam diretamente a autoestima do indivíduo, bem como ativando em seus sentimentos de inferioridade, pessimismo, desmotivação entre outros. Não existe uma causa específica da depressão, ela pode eclodir nas diversas faixas etárias e por diversos motivos. Depressão é uma doença crônica que não tem cura. O que se consegue é tratar o paciente para que ele consiga sair da crise”, explicou.
A psicóloga explicou ainda que o tratamento dessa doença é medicamentoso e, no mercado atual, existem mais de 30 drogas associadas para a eficácia da minimização da crise, no entanto, essas drogas trazem muitos efeitos colaterais, no início do tratamento. Sendo estas, constipação, sonolência, problemas urinários, tonturas e a sensação de boca seca. “O ideal é o tratamento medicamentoso em associação com a psicoterapia”, expôs.
Já o transtorno da síndrome do pânico, a psicóloga informou que ele geralmente vem associado a
outras psicopatologias, pois ele não é um transtorno mental, a psicopatologia mais comum associado ao transtorno de pânico é o transtorno de ansiedade. “Existe uma coisa curiosa no pânico, por que nem sempre existe um gatilho desencadeante desse ataque, o paciente pode estar em relaxamento total, como sono e acordar com um ataque de pânico (pânico noturno), ou estar na rua caminhando e de repente sentir um medo exacerbado e repentino. Trocando em “miúdos” o paciente pode surtar abruptamente a partir de um estado calmo ou de um estado ansioso”, informou.
Segundo Luciana, dentre os sintomas para o transtorno do pânico, 13 são específicos. “São mais comuns acontecer como: taquicardia, tremores, falta de ar, dor torácica, náuseas, tonturas e desmaios, calafrios e/ou calor em excesso, parestesias, desrealização ou despersonalização, medo da perda do controle emocional, medo de morrer. O tratamento do transtorno do pânico inclui a prescrição de medicamentos antidepressivos (tricíclicos ou de nova geração), e psicoterapia, especialmente a psicoterapia cognitivo-comportamental, que defende a exposição a situações que provocam pânico, de forma sistemática, gradual e progressiva, até que ocorra a dessensibilização diante do agente agressor.
Neste caso, a medicação precisa ser prescrita por um período mais longo e descontinuada progressivamente por causa do risco de recaídas. Se o paciente ou não paciente apresentar qualquer uma destas características, o correto é procurar um profissional competente o quanto antes, a fim de evitar piores complicações.