Pesquisa alerta que mutações genéticas são as principais causas de mama em jovens
- Hospital Cliom
- 14 de jul. de 2018
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O câncer de mama em mulheres jovens, entre 20 a 34 anos de idade, corresponde 4,5% dos casos, sendo este grupo o que possui um diagnóstico mais tardio, o que torna mais propenso à mortalidade do paciente. Com base nesses dados, o Centro de Investigação Translacional em Oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), determinou que as mutações genéticas são as principais causas do câncer de mama em jovens.
Segundo o oncologista clínico do Hospital Cliom, Dr. Ademir Bezerra, os fatores genéticos influenciam na doença em qualquer idade. “O que acontece é que em pacientes jovens, o peso dos fatores genéticos é muito maior que os outros fatores ambientes, como obesidade, sedentarismo e o uso de contraceptivos orais”, expôs.
Ainda segundo o médico, dentre os fatores genéticos, o mais importante é a mutação dos genes BRCA1 e BRCA2. “A mutação desses genes faz com que defeitos surgidos no DNA não sejam corrigidos corretamente, tal mutação geralmente está presente na síndrome do câncer de mama hereditário, onde geralmente há vários casos de CA de mama na família, em pacientes jovens ou até em homens”, explicou Dr. Ademir.
O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (INCA), na publicação mais recente sobre o câncer de mama, exibiu diretrizes para a detecção precoce da doença no Brasil. É recomendado o rastreamento através de mamografia em mulheres de 50 a 59 anos e 60 a 69 anos, com periodicidade bienal. Já em mulheres inferior a 50 anos, não há recomendação de mamografia, exame clínico de mama e autoexame.
A autora da pesquisa alertou, ao notar alterações, que procurar um médico é melhor decisão, informando a presença de membros da família com a patologia. Desta forma, o especialista decidirá quais exames devem ser realizo e com que periodicidade.